LIVRU-KADI KAKUTAK, (LIBERDADETL.com) — “Da fronteira à Lautém, de Oecusse à Jaco, passando pelo Ataúro, um só território, uno e indivisível, uma só nação, uma só Pátria, um só Povo som um só sentir, um só pensar, em um só desejo: Libertação da Pátria e Libertação do Povo” Presidente Nicolau Lobato.
No ventre sagrado de Timor-Leste, há um eco que não morre. É o brado de um homem que se recusou a ajoelhar, mesmo diante de mil armas: Presidente Nicolau dos Reis Lobato. De Suai ao Lautém, de Bobonaro ao enclave de Oecusse, passando pelas falésias de Ataúro e as águas sagradas de Jaco, ressoou um só grito, uníssono e eterno: Libertação da Pátria e Libertação do Povo!
Na alma timorense não há divisões — montanhas ou mares não separam corações que batem pelo mesmo ideal. Foi esse espírito que moveu Lobato a abandonar o conforto e abraçar o sacrifício, não por ambição, mas por dever. O solo pátrio que pisava era mais do que terra — era altar.
Uma só Nação. Uma só Pátria. Um só Povo.
Durante os dias sombrios da invasão, quando o céu parecia coberto por cinzas e o mar já não acalentava esperança, surgiu a tocha de resistência. Nicolau Lobato não se escondeu. Com a mesma firmeza com que escreveu a Proclamação de 28 de Novembro de 1975, ele empunhou a metralhadora da dignidade, liderando a FALINTIL do coração da montanha, onde não se ouvia senão a canção da liberdade.
A luta de Lobato não era somente por independência territorial, mas pela libertação da mente colonizada, da alma oprimida, do espírito curvado. “Não basta libertar a terra, se o povo continua escravizado pelo medo”, dizia ele, segundo seus camaradas. Ele não temeu. Foi ferido, traído, cercado. Mas morreu em pé como morrem os gigantes da História.
Nicolau Lobato não caiu; ele subiu ao panteão dos imortais. O seu sangue regou a terra para que hoje possamos caminhar livres. Por isso, quando o povo clama Pátria ou Morte!, não repete um slogan, mas evoca um juramento: que jamais esqueceremos o preço da liberdade.
A sua ausência física é presença espiritual em cada bandeira hasteada, em cada escola construída, em cada criança que hoje aprende livremente o nome do seu verdadeiro herói. A sua fotografia não é só memória: é comando. A sua voz ressoa ainda nas montanhas de Mindelo, onde tombou com honra em 31 de Dezembro de 1978.
Esta é a terra de Nicolau Lobato. Um território não de submissos, mas de resistentes. De Oecusse à Jaco, cada pedra grita: “Liberdade conquistada com sangue não será traída com silêncio!”
Hoje, mais do que nunca, quando o país se levanta como membro pleno da ASEAN, lembremos que a diplomacia começa na trincheira da verdade, e a verdade de Timor-Leste é esta: Uma só Nação. Um só Povo. Um só Pensamento. Um só Desejo:
LIBERTAÇÃO!
Por uma Pátria livre, justa e soberana — como sonhou Nicolau Lobato.
Viva a Resistência! Viva Timor-Leste!
Viva o Presidente eterno!